Orações relativas: os pronomes cujo e onde
2. Orações relativas: os pronomes cujo e onde
No nosso dia-a-dia, usamos com frequência, algumas vezes
com correcção, outras incorretamente, pronomes que desempenham determinadas funções.
Uso do pronome cujo
Borregana (Gramática Universal da Língua Portuguesa,
7ª Edição, Lisboa, Texto Editores, 2000, pág. 1 59) advoga que cujo é um
pronome relativo que se usa como determinante, concordando este com o nome a
que se liga na órgão subordinada, do qual é complemento determinativo.
Ex.: A pessoa
cujos ideias políticas tanto admiras detesta a Vida pública.
Neste caso, cujas equivale a do qual.
Na percepção de Mateus et all (Gramática da Língua
Portuguesa, 6ª Edição, Lisboa, Caminho, 2003, pág. 664), cujo marca o
genitivo, ocorrendo no SN em início da relativa, tem flexão em número e em
género.
Ex.: Está ali
o homem cujo nome perguntaste.
Portanto, os dois autores convergem na medida em que
ambos consideram cujo como pronome relativo que introduz uma oração
relativa.
Uso do pronome onde
Segundo Mateus et all (Op. cit., 2003, pág. 664),
onde usa-se unicamente como obliquo com valor de locativo.
Ex.: Vê-se o
mar da casa onde vivemos.
Para Borregana (op. cit., 2000, pág. 1 59), onde equivale
a em que, no qual, desempenhando sempre a função de complemento
circunstancial de lugar, pelo que tem sido designado por pronome.
Ex.: Toda a
gente gosta de voltar aos lugares onde foi feliz.
Borregana (Op. cit.) é da opinião que o antecedente de
onde pode ser um advérbio de lugar (aí, alí, aqui, lá).
Ex.: O
gatinho volta muitas vezes ao local onde se sentiu bem.
Associam-se a onde as preposições a, de, para, por, aonde,
donde, para onde, por onde.
Exs.: Trago
sempre recordações dos lugares por onde passo.
Lá aonde dificilmente chegamos...
FERNÃO, Isabel Arnaldo; MANJATE, Nélio José. Português 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.
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