Factores que influenciam a actividade fotossintética

 2.10. Factores que influenciam a actividade fotossintética

Existem vários factores que influenciam a actividade fotossintética. Alguns são de origem interna e outros de origem externa.

Factores intrínsecos ou internos

As folhas mais novas têm uma actividade fotossintética mais rentável do que as folhas mais velhas. O mesmo se verifica nas folhas de forma larga e achatada, pois oferecem uma área superficial grande para a absorção de luz e de CO2; nas folhas em que a espessura da folha é pequena, fica reduzida a distância que o CO2 deve percorrer para se difundir dos estromas até ao parênquima foliar. Nas restantes folhas, os espaços intercelulares do parênquima lacunoso facilitam a difusão do CO2. A existência de um parênquima em palicada, formado por células alongadas ricas em cloroplastos na face superior da folha, permite-lhes receber mais luz solar.

Factores extrínsecos ou externos

Estes factores são os mais importantes. São exemplos de factores externos a temperatura, a concentração de dióxido de carbono, a quantidade e a qualidade de luz.

Temperatura

A fotossíntese atinge um bom rendimento possível quando a temperatura se situa entre os 30oC e 40oC; acima dos 50oC, a fotossíntese deixa de ocorrer devido à destruição das enzimas que participam no processo. Em muitas plantas, acontece que com o aumento da temperatura, a respiração nas folhas intensifica-se. Esta condição reduz a taxa da fotossíntese.

Concentração de dióxido de carbono

Em estufas, é possível fornecer taxas crescentes de dióxido de carbono as plantas, até 0,2% ou 0,3%, o que melhora o seu rendimento fotossintético. A taxa de dióxido de carbono da atmosfera é de apenas não atingindo um valor ideal para que a fotossíntese tenha o melhor rendimento.

A taxa fotossintética aumenta com a concentração de dióxido de carbono até atingir um determinado valor, a partir do qual a taxa fotossintética se mantém constante. Esse valor a partir do qual a fotossíntese se mantém constante chama-se ponto de saturação.

A figura que segue mostra a variação da taxa da fotossintética com o valor de concentração do dióxido de carbono.

Figura 37: Variação de taxa fotossintética com a concentração do dióxido de carbono.

Intensidade de luz

Existe um determinado valor de iluminação no qual a quantidade de oxigénio que a planta consome é igual à quantidade de oxigénio produzido. Isso significa que a velocidade da fotossíntese é igual à da respiração.

Ao valor da intensidade luminosa em que todo o oxigénio produzido pela fotossíntese é consumido pela respiração, dá-se o nome de ponto de compensação. Se a intensidade da luz é superior do ponto de compensação, há um saldo positivo em oxigénio libertado pela planta.

Essa produção de oxigénio cresce até um determinado valor de intensidade da luz a partir do qual a quantidade de oxigénio produzidos não se altera, mesmo aumentando a luminosidade.

Esse valor é o ponto de saturação luminosa.

Qualidade e quantidade de luz

O espectro de absorção da clorofila depende do comprimento de onda. A taxa de fotossíntese é maior para os comprimentos de onda azul (450 nm) e vermelho (660 nm), como se representa na figura a seguir.

Figura 39: Variação da fotossíntese nos diferentes comprimentos de onda.


Factores limitantes

Quando vários factores interferem em simultâneo num determinado processo, o que estiver em menos quantidade, condicionando a rentabilidade do mesmo, é denominado factor limitante.

Na fotossíntese, os factores limitantes podem ser a luz, a temperatura ou a concentração do dióxido de carbono.

Analisando o gráfico que se segue, pode constatar-se que o dióxido de carbono e a temperatura são factores que podem limitar a taxa da fotossíntese.

Os factores limitantes em A e B são respectivamente a temperatura e a concentração de CO2 sob a mesma intensidade luminosa.

Figura 40: O dióxido de carbono e a temperatura são factores limitadores da taxa de fotossíntese.

Bibliografia

MANJATE, Maria Amália; ROMBE, Maria Clara. Biologia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.

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