Humidade atmosférica: humidade absoluta e relativa, variação da humidade, Nuvens e seus tipos
Humidade atmosférica
A humidade atmosférica é a quantidade de vapor de água que existe no ar atmosférico.
Entre os principais factores que concorrem para a humidade atmosférica temos a evaporação das águas superficiais (oceânicas, lacustres e correntes), assim como a evapotranspiração dos seres vivos. Em geral, a humidade concentra-se em pequenas quantidades na Atmosfera (que vão até 4%), mas tem um papel muito importante para o clima, pois o vapor de água muda com facilidade para os estados sólido e líquido.
A evaporação é muito elevada nas baixas latitudes onde as temperaturas são elevadas e praticamente nula nas altas latitudes, em especial nas regiões polares, onde as temperaturas são muito baixas e existem grandes extensões geladas.
Os instrumentos que registam continuamente as variações de humidade são chamados de hidrogramas.
O ar quente e húmido por ser leve, tende a subir, e ao entrar em contacto com as camadas frias ocorre a condensação do vapor de água, formando-se deste modo, nuvens, chuva e neve.
Ao produzir-se a mudança do estado, liberta-se a energia absorvida ao longo do processo é transmitida para a Atmosfera que estava em forma latente.
A capacidade do ar atmosférico para conter o vapor de água, depende da temperatura. Uma vez que a humidade do ar resulta da evaporação, a humidade atmosférica varia na razão directa da temperatura, ou seja, aumenta com o aumento da temperatura e diminui com o abaixamento desta.
Portanto, a humidade é mais elevada de dia do que de noite, e mais no Verão do que no Inverno.
Humidade absoluta e relativa
A humidade do ar pode ser avaliada a dois níveis.
Humidade absoluta é a quantidade de vapor de água existente na Atmosfera em dado momento a determinada temperatura e exprime-se em gramas/m3.
Também se pode estabelecer uma relação entre a humidade absoluta e o limite máximo da Atmosfera em conter a humidade. Aí obtém-se a humidade relativa.
Humidade relativa é a relação entre a quantidade de vapor de água existente na Atmosfera a uma determinada temperatura e o ponto de saturação. Exprime-se em percentagem. O ar seco tem humidade relativa 0% e o saturado 100%.
Variação da humidade
A humidade não apresenta os mesmos níveis toda extensão do globo ou a todo o tempo.
A humidade atmosférica varia de acordo com a temperatura, com a latitude e com a continentalidade.
- Variação com a temperatura
A humidade relativa varia na ordem inversa com a temperatura, pois quanto maior for a temperatura, maior é a capacidade do ar conter mais humidade e menor será a humidade relativa.
Portanto, a humidade relativa é mais elevada durante a noite do que durante o dia, maior no Inverno do que no Verão.
- Variação da humidade com a latitude
Nas zonas do equador, a humidade relativa chega a atingir 85%, devido å intensidade da evaporação das massas oceânicas e à evapotranspiração dos seres vivos. Nas zonas subtropicais reduz substancialmente em cerca de 50% como consequência das altas temperaturas e da subsistência do ar. Os ventos alísios e a forte evaporação das superfícies aquáticas faz subir a humidade relativa nas mesmas latitudes (Subtropicais) a mais de 80%.
Nas zonas temperadas e polares, a humidade relativa é menor devido à incapacidade que o ar tem de conter o vapor de água, por causa do frio intenso.
Condensação
A Atmosfera tem uma certa capacidade de receber vapor de água, cujo limite é designado ponto de saturação. Pois bem, quando o ar atinge o ponto de saturação e, entretanto, continua a haver evaporação, ou seja, envio de vapor para a Atmosfera, dá-se a passagem do vapor de água ao estado ilíquido (é a condensação). Quando a evaporação persistir mesmo após a condensação, pode-se seguir a passagem ao estado sólido, ou seja, à sublimação.
A condensação é possível com a presença no ar de núcleos de condensação que são partículas sólidas, de tamanho microscópico, suspensas na Atmosfera.
Nuvens
A condensação, como vimos, consiste na formação de pequenas gotas de água, como resultado da saturação do ar. Estas gotículas de água são mantidas em suspensão por correntes ascendentes do ar, formando as nuvens, As nuvens constituem grandes aglomerações de pequenas gotas de água ou de pequeníssimos cristais de gelo.
Tipos de nuvens
As nuvens não apresentam sempre as mesmas características. Algumas formam-se próximo da superfície, outras a grandes altitudes; umas são brancas e outras escuras; outras ainda provocam mais precipitação do que outras. Portanto, podemos classificar as nuvens quanto à altura, cor e possibilidade de provocar chuvas.
Os cirros são nuvens formadas a grandes altitudes (cerca de 6000 m), apresentam-se em filamentos ou línguas, lembrando, por vezes, caudas de animais. São formadas por cristais de gelo e em geral, são de cor branca e nunca dão origem a chuva.
Os cúmulos são similares a grandes novelos de algodão em rama, são espessas, arredondadas e formam-se por ascensão do ar húmido.
Originam precipitações fracas.
Nuvens |
Bibliografia
WILSON, Felisberto. G11 - Geografia 11ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2017.
Foi super útil, estou agradecida.
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