Protecção e conservação dos recursos naturais – desenvolvimento sustentável
3.7. Protecção e conservação dos recursos naturais – desenvolvimento sustentável
A necessidade de tomar medidas com vista à protecção e melhoria do ambiente e conservação da Natureza é hoje do conhecimento da generalidade dos países, isto porque existem opiniões antagónicas sobre a disponibilidade dos recursos naturais do planeta Terra, a curto, médio e longo prazo. Apesar disso, constata-se que estes recursos estão a esgotar-se, pois a industrialização crescente e o elevado crescimento demográfico têm impelido a uma sobre-exploração destes valiosos recursos, comprometendo assim o usufruto destes pelas futuras gerações.
Paralelamente a essa coloca-se a problemática da falta de segurança no que diz respeito à deposição e eliminação dos resíduos perigosos e radioactivos. Alguma solução tem sido tentadas no sentido de minimizar os problemas da poluição nuclear. Nuns casos, os detritos radioactivos são introduzidos em grandes caixas de cimento que depois são longe da costa, para os fundos abissais (profundidades oceânicas). Contudo, há o perigo de essas caixas poderem vir a deteriorar-se com o passar do tempo e libertar o seu conteúdo perigoso.
Noutros casos, armazenam-se os recipientes a grandes profundidades, em galerias subterrâneas.
Mas também neste caso há possibilidade de um tremor de terra (sismo) ou uma erupção vulcânica poderem vir a rebentá-las. Com a falta de outras soluções, até já se pensa em lançá-los na Lua.
A reciclagem dos elementos fósseis, separando-os de outros elementos inofensivos ou mesmo perigosos, parece constituir uma das alternativas conveniente para o problema dos resíduos nucleares.
Conscientes dos adversos impactos ambientais decorrente da actividade industrial, é imperioso que se adotem acções eficientes tendentes a proporcionar um ambiente sadio, sem, no entanto, renunciar ao desenvolvimento das actividades industriais. Isto porque as consequências decorrentes desta actividade não se limitam apenas aos locais circundantes ao local industrial, alcançando regiões muito distantes, o que poderá contribuir para a degradação da biosfera. Deste modo, é imprescindível que se criem sinergias a nível local, regional e global com vista a permitir o bem-estar das populações e do ambiente, antes que seja tarde de mais para reverter o cenário.
Isto porque o que acontecer à Terra, terá consequências nos filhos dos homens, dai que é urgente que tomemos medidas rumo sustentabilidade ambiental. A Terra não pertence ao Homem, é o Homem que pertence à Terra.
Nesta perspectiva, deve-se:
- Materializar a implementação de protocolos ratificados que protejam o meio ambiente.
- Transferir tecnologias de ponta para os países em vias de desenvolvimento como, por exemplo, a substituirão dos obsoletos sistemas de desempoeiramento, por outros adequados (electrofiltros, chaminés industriais, etc.), ou seja, equipar as indústrias com tecnologias que reduzam o consumo de energia e torná-las menos poluidoras.
- Aplicar catalisadores nos automóveis, de modo a diminuir a emissão de fumos e gases que provocam o efeito de estufa.
- Manter a inspecção, tanto nos veículos como nas indústrias, com o intuito de abrandar os níveis de emissão de gases nocivos para a atmosfera.
- Deve-se igualmente apostar no uso de energias limpas ou alternativas, dado que essa tem um menor poder de emissão de gases que degradam a atmosfera.
- Adoptar o princípio dos 3R (reciclagem, redução e reutilização) tanto nos resíduos sólidos bem como nos diversos recursos naturais.
- Fomentar a educação ambiental de modo a permitir urna consciencialização ecológica rumo à sustentabilidade ambiental.
- Transferir as indústrias mais poluentes para regiões muito distantes dos aglomerados populacionais.
- Levar a cabo a Avaliação do Impacto Ambiental nos projectos de desenvolvimento.
- Implementar o reflorestamento, visto que as árvores absorvem grandes quantidades de CO2, contribuindo assim para a redução do teor deste gás na atmosfera.
- Explorar de forma sustentável os recursos naturais, sejam eles hídricos, energéticos, minerais, florestais e faunísticos com vista a proporcionar o usufruto destes pelas gerações vindouras.
- Adoptar o princípio do poluidor-pagador (3P), visando responsabilizar os responsáveis pelos danos e a correcção pelos infractores.
Bibliografia
MANSO, Francisco Jorge; VICTOR, Ringo. Geografia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.
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