Revolução Industrial: causas, fases, consequências e comércio após a Revolução
3.1.2. Revolução Industrial
A Revolução Industrial refere-se ao conjunto de profundas transformações tecnológicas, económicas e sociais que ocorreram na Inglaterra na segunda metade do século XVIII.
Este processo, que se iniciou na Inglaterra na segunda metade do século XVIII, expande-se por toda a Europa, especialmente pela França e Bélgica, na primeira metade do século XIX, Alemanha e Rússia durante a segunda metade do século XIX e fora da Europa, pelos Estados Unidos da América e Japão na segunda metade do século XIX e princípios do século XX. Contudo, no século XX, apos a II Guerra Mundial, expandiu-se por todos os hemisférios quando, em ritmo acelerado, países como a China, a Índia, o Brasil, o México, a Austrália, a África do Sul e outros se começaram a industrializar.
A Revolução Industrial introduziu no processo produtivo várias técnicas que foram diminuição a necessidade de mão-de-obra e que possibilitaram substancialmente a aceleração e aumento da produção de mercadorias. A oferta foi largamente ampliada e diversos produtos, antes apenas consumidos nos países mais desenvolvidos e por pessoas das classes mais altas, passaram a ser consumidos escala mundial pela classe média e até pela classe pobre. Dai ser um dos aspectos-chave responsável pelo moderno processo de globalização.
Causas da Revolução Industrial
Inúmeros foram os factores condicionantes da eclosão da Revolução Industrial. Assim, este fenómeno é considerado por alguns investigadores como um dos passos mais importante da civilização dos tempos modernos pelos reflexos que teve nos diversos campos da actividade humana. Esta revolução surge na Europa, concretamente no Reino Unido, onde desde o século XVII o incremento do comércio externo originou uma burguesia endinheirada, pronta a investir na indústria dado o seu espírito de aventura e a existência de um vasto mercado interno e externo (colónias). A somar a estes factores, a existência de abundantes matérias-primas, a situação geográfica e política privilegiada (estabilidade e independência), as boas redes de transportes e comunicações e a existência de mão-de-obra contribuíram substancialmente para a eclosão da Revolução Industrial. Foi neste conjunto de factores favoráveis que os novos inventos técnicos surgiram, trazendo consigo a Revolução Industrial na segunda metade do século XVIII.
Assim, das causas responsáveis para a eclosão deste fenómeno destacam-se:
- 1. A riqueza do subsolo inglês (carvão e ferro) — a abundância de minérios de ferro e carvão mineral permitiram uma produção abundante de ago e ferro, indispensáveis ao fabrico de maquinarias diversas, bem como a disponibilidade de fontes energéticas para o funcionamento das indústrias existentes na época. Por isso, alguns autores consideram que a riqueza do solo inglês em carvão mineral e hulha foram o pão da indústria, tanto mais que para além de serem aplicadas como matéria-prima, desempenhavam um importante papel energético.
- 2. A acumulação de enormes capitais – como resultado do intenso comércio externo, sobretudo com as suas colónias, a Inglaterra tornou-se a maior potência comercial e colonial do mundo e investiu os dividendos deste comércio na indústria.
- 3. A posse de um gigantesco império colonial – a metrópole conseguiu obter matérias-primas (minerais e agrícolas) através das suas colónias. Como possuía um poderoso mercado para a colocação dos seus produtos industriais, acumulou riqueza.
- 4. Revolução agrícola – o desenvolvimento da agricultura proporcionou, por um lado, o aumento acelerado da produção agrícola, capaz de alimentar uma população em rápido crescimento e cada vez menos ligada agricultura, e, por outro, a libertação de muita mão-de-obra rural de que a indústria necessitava. Na senda desta, constatou-se que a agricultura exigia novos instrumentos técnicos que estimulassem maior produção e produtividade. Dai surgiram novos instrumentos que possibilitaram maior produtividade agrícola e asseguraram a satisfatório das necessidades da população.
- 5. Revolução demográfica — este foi um dos factores que aumentou extraordinariamente a procura de produtos fabricados e pós disposição da indústria vastos recursos humanos, com uma forte proporção de jovens, ansiosos por abandonarem os campos e procurarem na actividade industrial uma ocupação mais bem remunerada.
- 6. Invenções técnicas – assiste-se também nesta altura à sucessão de grandes invenções técnicas — foram inventadas e aperfeiçoadas diversas máquinas, como, por exemplo, as máquinas de tecer, fiar, cardar e a máquina a vapor, e novos métodos de produção de ferro e de aço, etc.
O trabalho mecânico, porém, exigia instrumentos resistentes e as várias peças feitas em madeira tiveram de ser substituídas pelo ferro, o que veio a provocar urna intensificação da mineração deste metal e também do carvão.
- 7. A situação geográfica – a boa localização geográfica junto das vias de transportes e comunicação - (rios navegáveis e acesso a bons portos, por exemplo) com fácil acesso às vias mais importantes do comércio mundial, proporcionaram também um comércio muito activo, a que se soma grande experiência técnica, como por exemplo na navegação marítima (indústria naval principalmente).
- 8. Espírito de iniciativa – dispor de capitais, matérias-primas abundantes, vastos mercados, riqueza do subsolo em minérios, etc., nada seria possível se os ingleses não tivessem espírito de iniciativa. Com efeito, foi graças a esse espírito que eles foram bem-sucedidos.
Fases da Revolução Industrial
A Revolução Industrial subdivide-se em três fases distintas relacionadas com as fontes de energia empregadas, nomeadamente: a fase do carvão, ferro e máquina a vapor (Era da força mecânica), a fase da electricidade e do motor de explosão (Era da energia) e a fase da energia atómica e da automatização (Era da energia nuclear e da cibernética).
1ª Fase: A Força Mecânica (1750-1875)
Designada por alguns autores como a fase da revolução do carvão-ferro e da máquina a vapor, marcou a passagem da manufactura para a maquinaria. Na sua primeira fase, a Revolução Industrial foi essencialmente mecânica, para responder à crescente procura, resultante do acentuado crescimento demográfico que exigia um maior consumo de bens primários, bem como secundários. Assim, a indústria teve de melhorar a sua produtividade, fazendo por isso um apelo às máquinas. A indústria têxtil foi a primeira beneficiária desta transformação com a invenção da máquina de tecelagem por Jonh Kay em 1733.
Surgem várias invenções como a máquina de fiar, o descaroçador de algodão, entre outras. Porém, a máquina a vapor foi a conquista mais importante da la fase da Revolução Industrial. Permitiu passar das fontes de produção de energia mecânica, tal como a tracção animal e a roda de água, para o carvão e a hulha, que se tornam a nova fonte de energia. Surgiu, assim, uma nova indústria, a siderurgia.
A maior parte das indústrias localizavam-se junto as bacias carboníferas devido à dificuldade de transporte do carvão. Por vezes, estas podiam localizar-se ao longo dos cursos de água para aproveitar a energia hidráulica e até nas florestas, dado que aí aproveitavam a energia proveniente da biomassa – lenha e carvão vegetal.
Inicia-se uma revolução nos transportes com a invenção do navio a vapor e mais tarde, da locomotiva a vapor que irá resolver o grande problema dos transportes e comunicações internos.
Este facto, aliada invenção da debulhadora e da ceifeira mecânica e melhores arados, contribuíram para o progresso da agricultura. Nesta mesma altura surgem os movimentos sindicais e abrem-se os canais do Suez e Panamá. A Revolução Industrial também contribui para o aumento da importância das actividades bancárias devido à necessidade de capital para investimento. É também nesta altura que nascem as companhias de seguros.
2ª Fase: Revolução energética (1880-1950)
Esta fase é também designada por Revolução da electricidade e do motor de explosão, e compreende dos finais do século XIX primeira metade do século XX, quando são descobertas novas fontes energéticas como a electricidade, o petróleo e o gás natural decorrentes da invenção do motor de explosão, a turbina e o dínamo que vão revolucionar novamente as indústrias, acabando com o condicionalismo energético, devido dificuldade de exploração e de transporte de carvão que obrigava as indústrias a localizarem-se junto às fontes de energia (bacias carboníferas). Assim sendo, estas deslocam-se para as cidades onde encontram mercados e mão-de-obra.
O petróleo não só constituía fonte energética, como também desempenhava um papel preponderante no fornecimento de matéria-prima para a indústria química, fornecendo fibras sintéticas, matérias plásticas, amoníaco, tintas, etc. É, portanto, o eclodir de novas indústrias (metalurgia do alumínio, indústria química) e da em massa estimulada pelo incremento e evolução dos meios de transportes (invenção do automóvel, do navio e do avião) e expansão dos mercados. Assim, surge a indústria moderna nos países desenvolvidos, caracterizada pela produção em larga escala, fabrico em série, trabalho em cadeia, estandardização, especialização, publicidade para alcançar e estimular a venda e pesquisa com intuito de lançamento de novos produtos.
Fig.7: A eletrificação marcou a 2.a fase da Revolução Industrial. |
3ª Fase: Revolução da energia atómica e da automatização
Esta fase é também denominada por Era da energia nuclear, da electrónica, da automatização e dos computadores. A investigação não para e com ela novas técnicas vão sendo descobertas.
É a era da cibernética, também conhecida por revolução científica. Iniciou-se após a II Guerra Mundial, chegou aos nossos dias e continuará, a menos que os progressos tecnológicos nos coloquem perante nova fase da Revolução Industrial. A característica marcante desta fase é a submissão da mecanização pela automação e automatização. O trabalho humano é substituído pelo robot e/ou computador. O trabalho que até há pouco tempo era feito por um grande grupo de operários passa a ser feito por um único operário cuja tarefa é carregar num botão.
Nesta, assiste-se ao desenvolvimento da indústria electrónica, pois o seu campo de acção é cada vez mais vasto, abrangendo as telecomunicações, radiodifusão, televisão, radioastronomia, radar, electromedicina, ajuda navegação marítima e aérea, sistemas de telecomando e media, sistemas de investigação científica, etc.
Hoje em dia, com a possibilidade de esgotamento do petróleo e os problemas da energia nuclear, o Homem procura novas alternativas. As energias renováveis (solar, eólica, geotérmica, bioenergia, etc.) são cada vez mais uma preocupação universal.
Consequências da Revolução Industrial
A Revolução Industrial teve consequências socioeconómicas e ambientais, que se sentiram, em especial, ao nível da demografia, da agricultura, dos transportes e do desenvolvimento urbano.
Assistiu-se a um vertiginoso crescimento demográfico como resultado dos progressos técnicos e científicos alcançados nos campos da agricultura e Medicina. Isto contribuiu substancialmente para a supressão da fome, epidemias e, sobretudo, uma redução das taxas de mortalidade e consequentemente longevidade da Vida humana, que constituiu uma verdadeira explosão demográfica. O bem-estar das populações melhorou bastante relativamente a épocas anteriores, isto é, os homens passam a desfrutar de melhores condições de Vida.
Na agricultura, a Revolução Industrial trouxe novos instrumentos técnicos que permitiram incrementar a produção e produtividade. Assim, a introdução de diversa maquinaria agrícola, de novas culturas e novos sistemas de irrigação, o aumento de terras de cultivo proporcionada pela mecanização e a dos meios de transportes, constituíram factores indispensáveis para a maximização da produção agrícola, uma vez que há necessidade crescente de satisfação de alimentos de uma população que crescia e cresce a um ritmo acelerado.
No ramo dos transportes, assiste-se uma profunda transformação. Iniciada pela máquina a vapor, os transportes ferroviários, terrestres, marítimos e aéreos permitiram o contacto imediato com o resto do mundo possibilitando a ampliação do horizonte geográfico. Estas inovações vêm assegurar o escoamento de produtos diversificados do local de produção para o mercado consumidor, quebram-se as barreiras geográficas, facilitando assim o incremento do fluxo do comércio nacional, regional, continental e mundial.
No desenvolvimento urbano, é inquestionável a contribuição da Revolução Industrial, isto porque esta veio criar novas cidades de grande concentração populacional e industrial. Assim, os artesãos que viviam numa pequena aldeia no meio rural, procuram agora trabalho nas fábricas e comércios das cidades, o que os leva a migrarem para os centros urbanos. O tecido urbano expande-se em seu redor, surgindo assim cidades de maior diâmetro; por exemplo, em 1800 a cidade de Londres tinha um diâmetro de 10 km, já em 1914 atinge os 35 km e em 1960, os 70 km e dai em diante foi crescendo vertiginosamente. Com efeito, desde os tempos idos até hoje, constata-se que a expansão das cidades pelas áreas suburbanas está frequentemente ligada ao crescimento das indústrias e da actividade comercial.
Ao nível ambiental, constata-se que a Revolução industrial incrementou o papel dos metais, mobilizou fontes de energia cada vez mais importantes.
Os laços entre as actividades de transformação e o meio ambiente sofreram profundas alterações.
Por exemplo, a Revolução Industrial contribuiu para a delapidação e deterioração dos recursos naturais. As paisagens transformaram-se vertiginosamente. O clima sofreu influências cujas modificações são actualmente visíveis.
Introduzindo na paisagem rural e urbana novos elementos como fábricas, armazéns, fumos, ruídos, bairros residenciais, movimentos intensos de veículos e pessoas, a indústria modificou profundamente o espaço, chegando a transformar áreas desabitadas em grandes centros de atracção populacional, criando a paisagem industrial. Apesar da existência de diferentes paisagens industriais todas tem algo em comum, dado que são o resultado da industrialização.
3.1.3. Comércio depois da Revolução Industrial e na actualidade
Comércio internacional
O comércio internacional pode definir-se como a operarão de troca de bens e serviços entre países, segundo regras definidas. Após a II Guerra Mundial as trocas comerciais internacionais sofreram um incremento muito importante. Este aumento deveu-se melhoria de Vida das populações, à deslocalização industrial da produção, ao aumento da população mundial, liberalização dos mercados com os acordos do GATT e a criação da Organização Mundial de Comércio (OMC) no sentido de regular o comércio internacional.
A distribuição geográfica do comércio internacional foi determinada pela repartição da riqueza a nível mundial, pela natureza da produção e do consumo em cada uma das áreas económicas do planeta e pela existência de diferentes sistemas económicos e políticos. Por outro lado, quando se analisa o comércio, a nível mundial, constatam-se profundos desequilíbrios na sua repartição espacial, traduzindo-se pela sua elevada concentração nos países desenvolvidos e industrializados, em detrimento dos países em vias de desenvolvimento e menos industrializados.
Comércio nos países desenvolvidos
O fluxo comercial nos países desenvolvidos atingiu um crescimento significativo, dado que se caracteriza por produtos transformados, seja de bens de consumo ou de equipamentos. Com apenas 25% da população do globo, os países desenvolvidos detêm cerca de 75% do comércio mundial. À UE (União Europeia) pertencem cerca de 37% do comércio mundial, seguida dos EUA e Japão. Contudo, considerando os países individualmente, a maior potência comercial do mundo são os EUA com 13.2% das importações e 11,7% das exportações mundiais. Na UE (União Europeia) destaca-se a Alemanha (a maior potência comercial europeia), França, Reino Unido, Itália, Holanda e Bélgica. Na América do Norte destacam-se o Canadá e os EUA.
Comércio nos países em vias de desenvolvimento
Contrariamente ao que acontece nos países desenvolvidos, nos países em vias de desenvolvimento o fluxo comercial é constituído fundamentalmente por matérias-primas (ferro, cobre, algodão madeira, etc.), fontes energéticas (petróleo, gás natural e carvão mineral) e produtos alimentares (açúcar, oleaginosas, café, fruticulturas, etc.). Esta situação faz com que estes últimos países detenham apenas 25% do comércio mundial, ainda que alberguem dois terços da população do globo. Assim, constata-se que o tipo de comércio dos países em vias de desenvolvimento assenta essencialmente na exploração dos recursos naturais e produtos agrícolas tropicais e importação de bens transformados (bens de equipamentos).
Actualmente, nesta mesma categoria, há a excepção de países que actualmente deram um salto qualitativo e quantitativo em termos do crescimento das transações comerciais. Fazem parte deste grupo, os chamados «Novos Países Industrializados» (China, Coreia do Sul, Taiwan, Hong Kong, Singapura, Malásia, Tailândia, Brasil, Argentina, México, Chile), que estão a alcançar um importante lugar na produção e comercialização, tanto de bens tradicionais e ou primários, como também de altas tecnologias.
Estes países conseguiram atingir este estágio, graças à importação de tecnologias do Ocidente e ao baixo custo da sua mão-de-obra bastante abundante, constituindo assim uma séria ameaça pela sua forte concorrência. Dentre a disparidade entre estes dois grupos de países, destacam-se: as grandes assimetrias no desenvolvimento industrial, as tecnologias disponíveis, as políticas governamentais, entre outros.
Principais grupos de produtos e as grandes regiões comerciais do mundo
No que toca aos principais produtos transacionados a nível mundial, podemos agrupá-los em três grandes grupos: produtos agrícolas; produtos minerais e energéticos; produtos manufacturados.
Produtos agrícolas
No fluxo dos produtos agrícolas, os cereais têm um lugar de destaque, dada a sua importância na alimentação humana. Deste modo, depreende-se que o comércio mundial de cereais é dominado pelo trigo, milho e arroz. Os fluxos do trigo são dominados por países desenvolvidos, com destaque para os EUA, o Canadá e a Austrália. Em contrapartida, as principais áreas compradoras correspondem a países da Ásia Oriental e meridional, bem como o Norte de África e sobretudo a África subsariana.
Por sua vez, o comércio mundial do arroz encontra-se fundamentalmente assente no continente asiático, facto que se relaciona com o elevado consumo deste cereal por parte de grande parte da população deste continente superpovoado. A Tailândia é o principal exportador de arroz para os países da Asia Oriental e Meridional e África Austral.
Como pudemos ver nos mapas anteriores, relativamente aos produtos agrícolas tropicais, especialmente cacau, café, cana-de-açúcar, borracha, algodão, lã, linho, couro, sisal, etc., o seu fluxo direciona-se no sentido sul-norte, isto é, os países em vias de desenvolvimento é que são os maiores exportadores destes produtos, sendo os países desenvolvidos os maiores importadores destas matérias-primas.
Comercialização de produtos minerais e energéticos
Os recursos minerais apresentam uma considerável dispersão pelo mundo, ao passo que as regiões industriais onde se regista a sua transformação caracterizam-se por urna acentuada concentração num número restrito de países. Assim, este facto propicia importantes fluxos destes recursos entre os países detentores e os de transformação.
Os principais minerais comercializados são: ouro, prata, ferro, manganés, estanho, cobre, alumínio, níquel, urânio, fosfatos, bauxite, diamantes, pedras preciosas e semipreciosas, entre outros.
Quanto aos produtos energéticos, importa-nos aqui referir que o crescente consumo de energia a nível mundial tem levado cada vez mais procura desmedida deste valioso recurso, sendo que nalgumas regiões começam a chegar ao fim as reservas de gás natural, petróleo e carvão mineral.
Relativamente ao crescente consumo de energia a nível mundial tornam-se cada vez mais valiosas as reservas de combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo e gás natural), O carvão mineral, cujo consumo remonta desde a primeira fase da Revolução Industrial até II Guerra Mundial, deixou de ser o combustível mais utilizado em favor do petróleo. Apesar disso, os fluxos de carvão continuam a ser importantes pois registam uma semelhança com os fluxos de ferro.
Em contrapartida, o petróleo representa a mercadoria mais transacionada a nível global. Os maiores produtores deste recurso energético localizam-se no Médio Oriente, onde se encontram as maiores reservas, seguindo-se o Norte de Africa, México, Venezuela e a Nigéria. Os Estados membros da OPEP (Organização de Países Produtores e Exportadores de Petróleo) são: Arábia Saudita, Irão, Iraque, Líbia, Nigéria, Emirados Árabes Unidos, Koweit, Venezuela, Argélia, Qatar, Angola e Equador. Esta organização foi criada em 1960, englobando a maior parte dos países acima descritos.
Os fluxos de produtos manufacturados
Os fluxos de produtos manufacturados são dominado por países industrializados, quer no que respeita produção, quer em relação ao consumo. Os países em vias de desenvolvimento estão numa posição bastante fragilizada face aos fluxos destes produtos.
Os principais blocos económicos que mais contribuem na exportação de produtos manufacturados são: os EUA, o Japão e a UE. Assiste-se a um galopante passo de exportação destes produtos pela China, o que nos leva a crer que é um dos principais países com mais exportação a seguir aos EUA.
Os produtos manufacturados mais comercializados por estes países são: máquinas-ferramentas, automóveis, material informático, têxteis e eletrodomésticos variados.
Bibliografia
MANSO, Francisco Jorge; VICTOR, Ringo. Geografia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.
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