Teorias Behavioristas da Personalidade
Teorias behavioristas da Personalidade
Os behavioristas ou
comportamentalistas tendem a dar muita importância à experimentação observando
e medindo respostas fisiológicas, actos observáveis e outros fenómenos
passíveis de medição. Para entender o que é a personalidade as vezes utilizam
animais em laboratórios os quais são submetidos a experiências próprias.
O Behaviorismo de B. F. Skinner
Skinner nasceu em 1904
e destacou-se no trabalho com animais nos laboratórios condicionando o
comportamento destes. O seu trabalho baseou-se em condicionamento operante. A
sua visão de personalidade associa-se ao Behaviorismo radical. Skinner
considera que a personalidade é apenas uma ficção na qual as pessoas tentam
fazer inferências sobre características subjacentes (motivos, traços,
capacidades) as quais só existem na mente do observador e não na pessoa visada.
Ele considera que o trabalho dos psicólogos deve focalizar na compreensão do
que os organismos fazem.
As ideias de Skinner
sobre o comportamento é de que este só pode ser explicado através de forças
genéticas e ambientais. Ele dá importância à experiência e os princípios
simples de condicionamento como por exemplo o reforço, a extinção,
contracondicionamento e discriminação na produção de um comportamento dado.
Skinner considera
ainda que o comportamento de um indivíduo depende de factores essencialmente
independentes, portanto incontroláveis. Não se deve por isso esperar uma
coerência entre esses factores.
Transtornos da personalidade
Os transtornos da
personalidade representam funções mal-adapativas dos próprios traços de
personalidade de um indivíduo. Isto quer dizer que um transtorno de
personalidade começa quando aquilo que consideramos um traço normal de
personalidade de um indivíduo atinge dimensões anormais, apresentando sintomas
patológicos. Existem tantos tipos de transtornos de personalidade quanto os
diferentes enfoques em relação a esta matéria. Contudo, nós nos iremos referir
a alguns destes transtornos que consideramos fundamentais para o seu estudo. Os
seus conhecimentos sobre os transtornos de personalidade poderão ser enriquecidos
lendo fichas adicionais sobre esta matéria.
A personalidade Paranóide
Um paranóico vive
constantemente desconfiando e suspeitando que os outros o maltram ou
enganam-no. Ele levanta sempre dúvidas sem fundamento acerca do grau de
sinceridade e lealdade e cada vez confia menos aos seus amigos. A sua
desconfiança pelos seus amigos fundamenta-se no facto de que estes podem estar
a usar informações a seu respeito para o denegrir. Ele vê maldade e humilhação
em todos os acontecimentos sejam eles benignos ou malignos e guarda rancores
para com as pessoas. Não permite a que outras pessoas o insultem. Quando se lhe
é atacado ele reage rapidamente com raiva e contra-ataca.
Frequentemente
suspeita do seu parceiro sexual ou cônjuge. Transtorno da Personalidade
Paranóide.
Personalidade
esquizóide
O esquizóide não
gosta de se relacionar intimamente com ninguém e nem deseja fazer parte de uma
família. Opta por actividades solitárias e não se interessa em adquirir
experiências sexuais com outra pessoa. Não consegue construir uma amizade
íntima se não com os seus parentes de primeiro grau. Mostra-se completamente
apático e indiferente às críticas de outras pessoas. É emocionalmente frio e
distancia-se dos outros.
Personalidade
anti-social
O anti-social
apresenta fraquezas quanto ao cumprimento das normas sociais. Tende a enganar
as pessoas mentindo Frequentemente para obter vantagens pessoais. É impulsivo e
não consegue planificar o seu futuro.
Irrita-se e agride
corporalmente e com frequência os seus opositores. Mostra um desrespeito pela
sua própria segurança e da dos outros, assim como pelo trabalho e não gosta de
honrar com as suas obrigações financeiras. O anti-social é um indivíduo sem
remorsos por ter ferido ou roubado alguém.
Personalidade
Esquizotípica
O esquizotípico
acredita de uma forma bizarra em superstições, telepatias crença em clarividência
ou no “sexto sentido”. Tem preocupações bizarras e é assolado de experiências
perceptivas foram do comum incluindo ilusões somáticas. O seu discurso é vago,
circunstancial e cheio de metáforas. Desconfia sempre nas pessoas. Não tem
amigos íntimos e sofre de ansiedade social em excesso apresentando um
comportamento esquisito e peculiar.
Referências
bibliográficas
ALÍPIO, Jaime da Costa; VALE, Manuel Magiricão. Psicologia Geral. EaD – Universidade Pedagógica, Maputo: S/d.
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