Chama e a sua estrutura
Chama e sua estrutura
A característica da combustão viva é, para além da libertação de calor, a libertação de energia luminosa. A parte ardente e luminosa libertada pelas substâncias em combustão viva designa-se chama.
Fig. 41 - A chama apresenta três zonas. |
A chama é constituída por três partes distintas:
- A zona escura, que é a parte mais interna da chama.
- A zona brilhante, que se encontra mais para o centro da chama e que confere brilho à chama.
- A zona calorifica, que é a parte externa e quase que invisível.
É esta última que apresenta temperaturas elevadas e que serve para o aquecimento.
Combate aos incêndios
O combate aos incêndios consiste no uso de procedimentos que contrariem as condições que favorecem a ocorrência de uma combustão viva. Para tal, procura-se arrefecer a substância em ardor e evitar ou diminuir o contacto do oxigénio com a substância ardente.
É, por isso, que para apagar o carvão em brasa, muitas vezes, opta-se por cobrir todo o carvão com areia, para apagar o capim em chama bate-se a chama com ramos de árvores para abafá-la ou deita-se água e em caso de ardor da roupa ou cama, cobre-se a chama com uma toalha ou cobertor molhado.
A indústria química produz substâncias que dadas as suas propriedades são usadas para a extinção de incêndios. O dióxido de carbono, por não alimentar as combustões, é muito usado em extintores de incêndio. Existem outras substâncias, como o tetracloreto de carbono, que são usadas para o efeito.
Combustíveis
Na linguagem comum, o combustível é a substância, isto é, arde em presença do oxigénio do ar. Contudo, genericamente, é a substância que é oxidada numa reacção de combustão.
De acordo com a capacidade de reposição, os combustíveis são classificados em:
- Recursos não renováveis
- Recursos renováveis
Os combustíveis não renováveis são os combustíveis cuja capacidade de renovação ou de reposição é muito baixa em relação ao nível de consumo.
Fazem parte deste grupo, os combustíveis fósseis, cuja capacidade de reposição leva milhões de anos como, por exemplo, o petróleo, o gás natural e o carvão. De acordo com as quantidades disponíveis nas reservas, estima-se que a capacidade da Terra fornecer estes combustíveis é de pouco mais do que 40 anos.
Os combustíveis fósseis são responsáveis pela poluição do meio ambiente visto que durante a sua combustão são libertados gases como o dióxido de carbono que é responsável pelo efeito de estufa, o monóxido de carbono que interfere no processo respiratório, além de produtos secundários como os óxidos de enxofre e de nitrogénio, responsáveis pelas chuvas ácidas.
Também contribui negativamente para o meio ambiente a produto deste tipo de combustível na medida em que a produção do carvão vegetal, por exemplo, requer o abate ou desflorestamento, diminuindo as árvores que teriam uma contribuição significativa na redução do teor de dióxido de carbono com a realização da fotossíntese.
Os combustíveis renováveis são aqueles que provém de fontes naturais que são renováveis naturalmente.
Fazem parte deste grupo, a energia solar (proveniente do Sol); a energia eólica (proveniente do vento); a energia hidráulica (proveniente da corrente dos rios e água doce); a energia maremotriz (proveniente dos mares e oceanos); a energia das ondas (proveniente das ondas); a biomassa ou biocombustível (proveniente da matéria orgânica); a energia azul (proveniente da água salobra); a energia geotérmica (proveniente do calor da Terra).
Os combustíveis renováveis têm menor impacto ambiental.
Bibliografia
AFONSO, Amadeu; DOMINGOS, Ernesto. Q8 – Química 8ª Classe. 2ª Edição. Texto Editores, Maputo, 2020.
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